domingo, 9 de maio de 2010

Incondicionalmente mãe.


E assim me amas, pelo que já nem sabes.
Vais andando nesse caminho, estreito e sozinho.
E lhe colho algumas flores pra te ver sorrindo;
Mas por vezes achas nelas alguns espinhos;

És o sol que nasce no domingo;
O primeiro sorriso do menino;
A alegria do pensamento, ao acaso,
dom divino.

És o ar que entra nas narinas
e toma o meu corpo;
És o último dos suspiros ao adormecer,
exaurido, no mundo dos justos.

Se tivera uma vida toda para lhe dar,
não hesitaria em assim ser,
porque de tudo o que fizestes,
sempre mais do que pudeste fazer.

Esteve aqui, não hesitou.
Como herói lutou.
E gastastes o teu dia
em favor de quem mal conhecia.

De onde vem o teu amor?
Deixe-me achar essa fonte, pois nela mora Deus.
Deixe-me sentir o teu afago mais uma vez.

Como se ainda criança pudesse lhe servir de inspiração.
Para nas coisas mais simples, ver a tua instrução.
Do amor que sentes sem explicação.

Não amas apenas. És o amor.
A encarnação do sentimento.
És o filho que chora, e que afagas com teu talento,
nato talento.

És as coisas mais bonitas que se pode metaforizar.
Uns dizem mãe, mas eu não posso assim limitar.

És a certeza de que tudo tem sentido. O ombro amigo.
O caminho de toda enchente,
que retira o mal, e cria o novo,
sem precedente.

És o hoje e o amanhã, que quisera eu, passar ao teu lado;
Como pássaro alvejado, em tuas asas sentir-me cuidado.

Não há como negar. Tu és mãe.
Carrega em si todo esse misticismo.

Mas sou sábio e metido.
E quando penso ter entendido
Aí você chega,
E muda todo o sentido.

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