Love sex!

Às vezes, conversando com meus amigos, percebo que alguns deles tem problemas com relação ao sexo. Alguns tem medo de se liberarem na hora da transa e aparentarem ser muito safado ou libidinoso, quase como uma “puta de zona”. Outros já tem a questão sexual extremamente aflorada e você não pode nem encostar neles que ficam excitados. São universos completamente diferentes mas que se completam.

E é justamente aí que nasce uma questão já bem antiga, mas intrigante: Quanto tempo um casal de gays recém-conhecidos deve esperar para fazer sexo pela primeira vez? Ou, deve-se esperar pra fazer isso ou deixar a coisa acontecer, mesmo que seja no primeiro encontro?

Conversando com um amigo meu, que há três anos não faz sexo por opção, ele me disse que sempre que encontra um novo pretendente e começam a ficar, ele tem medo de se entregar e não agradar seu parceiro, e depois o cara o abandonar. Ele me disse até que já chegou a namorar com alguém durante três meses sem irem efetivamente pros finalmentes.

Depois de algum tempo, o namoro acabou e ele nem aproveitou tudo o que podia ter feito com a outra pessoa, tudo por medo. Por outro lado, conheço casais para os quais o sexo é uma coisa tão segura, que os dois enjoaram de ficar um com o outro e resolveram abrir a relação.

O seu comportamento diante do sexo influencia diretamente a sua forma de levar a vida, as suas relações com as pessoas no trabalho, na família, na farmácia, na rua. Se você for uma pessoa insegura na hora de fazer sexo, você vai acabar sendo insegura na relação com as pessoas com as quais você convive. Você provavelmente vai ter muito medo de chegar em alguém nunca festa, etc e tal.

Já falei com vocês sobre meu amigo psicólogo, naum? Pois é. Volta e meia a gente troca algumas palavras no dia-a-dia corrido. Dia desses ele me disse que sexo é uma coisa tão particular, que chega a ser revoltante. Para algumas pessoas o stress e a preocupação podem ser brochante, enquanto outras aliviam o stress através do sexo.

No universo gay, essas relações se tornam mais difíceis de serem entendidas pelo estereótipo já existente. Já ouviram falar daquelas mulheres que o marido precisa ir dando carinho desde cedo para que a noite a mulher se sinta segura o suficiente para transar. Esse é o ponto. Alguns gays tem cérebros femininos, isso é comprovado cientificamente. De certa forma que, pode haver muita insegurança sexual a partir da forma com que seu parceiro te trata. E em determinados casos você pode, simplesmente, ficar impotente.

Outro ponto interessante é que muitas pessoas querem criar a moralidade do sexo e estipular até onde o comportamento sexual é permitido ou não. Grande hipocrisia, afinal, nunca existiu isso. Se a coisa não acontece ali na frente dos seus olhos, ela vai acontecer escondida, acredite. O importante é as duas pessoas estarem conscientes do que estão fazendo e de acordo.

Lembram do cachorro? Ele nasce com um sentimento de filhote pela sua mãe. Quando cresce, o sentimento muda. E se ele tiver a oportunidade, provavelmente ele vai “comer” a sua mãe. Agora, qual o problema nisso se a mãe estiver concordando?

Aprendam uma coisa, queridas. Amor é sentimento e sexo é instinto. Nós é que o racionalizamos para tentar fazer um mundo religiosamente correto.

Não existe um momento certo pra se fazer sexo com o namorado. A relação vai dizer. Se você se sentir inseguro, converse com ele. Tente vencer a sua insegurança. Se sentir tesão, mostre o que você quer. Decida se você prefere ser passivo ou ativo, ou os dois. É muito menos neura pra administrar depois. E se a insegurança bater novamente à porta, na hora da relação, explore outras coisas. O corpo é todo prazer.