Fofuletes,
Não postei nada por essas bandas hoje ainda porque sofri um pequeno acidente. Tava otinzada e caí do terceiro andar da casa de um amigo meu, em cima de um pé de cacto, depois de me segurar na grade de proteção, que também acabou caindo sobre mim, intaun... hahahahaha...
Brincadeiras, fofa! Sou imortal. Mas tá me dando meio que preguiça de postar as mesmas coisas todo final de semana aqui. Porque se você for pensar bem no que tem pra esse final de semana é... Legalmente Bom (hoje) e Studio Electro Sunday (amanhã) novamente. Aff! Já dá um pouco de preguiça, né fofas? E o pior, praticamente as mesmas atrações de sempre. No Legalmente Bom, nada. No Studio, Bel e DJ Hugo. Enfim...
Nem preciso render muitos comentários sobre esse fim de semana, por isso vou aproveitar meus preciosos momentos aqui pra falar sobre a festa do dia 15 de agosto, em comemoração aos dois anos da MPB Tronic no Vale do Aço. Olha, fofas. Tudo bem que o Vale do Aço tenha um aquezinho do bem, mas gentem, a MPB Tronic começou em GV City e se tem uma cidade que deveria receber uma festa dessas é akê. Hellow!!! Depois daremos mais detalhes da festa.
Lembro-me com saudades da primeira MPB Tronic que eu fui lá num salão perto do shopping. Ainda era drag iniciante. Tinha feito o meu primeiro ketchy e ainda era virgem do edy. Na porta, todas me olhavam como se perguntassem: “De onde saiu essa travinha mirin?”. Ai que ódia, viu? Saí de festa com uma amiga trava. Naquela época eu nem sabia o que era bater uma panela, sabe?
Lembro-me com xaudade da primeira vez que Dimmy Kieer veio a GV City. Foi tudo de bom! As bilús de Ipatinga vieram nervosas pra k e arrasaram no batidão. Em todos os cantos de GV city as pessoas cantavam "é bicha aqui, é bicha ali, é bicha lá...". Foram as primeiras festas com atrações gays nacionalmente conhecidas que eu tive notícia em GV. Antes era Ângela Jackson e otas menos pops.
Depois que a MPB Tronic começou a acontecer na boate Turbo, parece que teve uma reviravolta nas festas e elas nunca mais foram as mesmas, pois a biluzada parou de freqüentar e muita coisa ruin começou a acontecer. Eu era louca com aquela boate, people. Todo sábado colocava meu versace e saia fina pra bater a peruca lá.
Até que um dia recebi a notícia de que meu paraíso cultural havia acabado. Fiquei três noites dormindo na sargeta. O que faria depois disso com meu silicone que havia acabado de colocar? E com o picumã que havia deixado crescer? Resolvi ser dançarina na boate azul. Mas eu levava minha própria trilha sonora, tá meu bem???
Enfim...
Gentem, isso só prova o quanto nossa city está precisando de uma festa do babado, sabe?? Daquelas de acabar com as bunitas até de madrugada. Tipo GL Vibe. Tô cansada de ter que chegar em casa cedo no domingo. Quero dignidade já!!! Tem tanta biluzinha nova por aí e eu acho que esta é uma boa oportunidade para fazer uma festinha nova em GV. Que tal??
Por fim, outra coisa que tá movimentando nossas vidas nessa semana é a pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo que mostrou que 87% da comunidade escolar têm preconceito contra homossexuais.
A integra da pesquisa você pode ler aqui.
Me lembro que estava visitando uma escola em Valadares no ano passado e o assunto do dia na sala dos professores era a sexualidade da nossa querida prefeita Elisa Costa. Um grupo de professoras ainda se recusava a aceitar ter uma prefeita "homossexual" eleita em Valadares. Diziam que estavam com medo dela andar de mãos dadas com sua esposa ou namorada pelas ruas. Não fiz o menor comentário, porque eu ali, toda montada, ia querer tirar a gilete de debaixo da língua e rasgar a cara daquelas barangas ridículas, caso elas fizessem qualquer comentário preconceituoso.
Mas a dura realidade é que... as escolas não divulgam a cultura da aceitação da diferença. Muito engraçado mesmo, porque existem muitos professores homossexuais, e muitos deles fazem questão de esconder isso. Não fosse o suficiente ter que lidar com o preconceito dos alunos, ainda precisam administrar o ego dos próprios colegas de trabalho.
Gentem, lembrei agora. Quando eu estava na sexta-série uma professora minha disse na sala de aula que "torneirinha com torneirinha não se encaixava". Kkkkkkkkkkkkk. Mal sabia ela que a torneirinha acharia outro lugar pra encaixar, néam? kkkkkkkkk
Mas falando sério novamente, o Ministério da Educação já recebeu diversas reclamações no Brasil de que no material didático utilizado pelos alunos não existe nada que ajude a combater o preconceito. E o pior, existem trechos que incentivam à discriminação de homossexuais. Um absurdo em pleno século XXI, né meus amores?
Portanto, professores e professoras, vamos ensinar a cultura da aceitação da diversidade para seus alunos, para que o mundo seja mais tolerante, menos violento e melhor pra se viver.
Gatas, por enquanto é só isso. Vamos rezar pra Cher e pro Michael para que elas nos tirem desse buraquinho cultural que estamos vivendo. Quero cultura, quero batidão e nekas, claro. Mas nem só de nekas vivem as travas. Não deixem de prestigiar nossas amichas no Lealmente Bom e no Studio Electro Sunday. Bjokas!!!
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