Ser gay não é ser palhaço. Ser gay é ser cidadão. Enquanto continuarmos alimentando essa história de que os gays são a principal atração onde estão, que eles são os mais engraçados da festa “heterossexual”, que são aqueles que divertem a todos; estaremos concordando com o fato de que gays não podem freqüentar lugares que exijam formalidade, portanto, gays não seriam pessoas normais.
Grande parte do que faz a população ver os gays como pessoas cômicas está ligado às relações entre o “ser que nasceu pra ser homem, mas tem trejeitos de mulher”. Muitas pessoas inclusive riem dos gays, mas não se aproximam deles pra amizade. Por isso, no final da festa, o gay tem como amigos outros gays, drogados, prostitutas, adolescentes revoltados e outros tipos tão discriminados quanto ele.
Claro, existem exceções. Algumas pessoas tem segurança sobre sua sexualidade e não se incomodam na companhia de um gay. Mas tiro por mim. A principal razão para grande quantidade de amigos heterossexuais que tenho hoje está no fato de que eles me conheceram em ambientes formais, seja no trabalho ou na escola, e meu comportamento não é muito afeminado.
Mas eu não promovo nenhuma repressão contra mim mesmo. Esta é minha estrutura de sexualidade. Não sou afeminado e pronto. E acho digno quem seja, por isso respeito, converso na rua, ajudo, tenho amizade, recebo em casa, apresento para os parentes e defendo. Porque o que você é atualmente, seja pela sua natureza ou por escolha própria, se não prejudica quem está do seu lado, promove a cidadania.
E os gays devem sim se divertirem em público: falarem com a voz afeminada, beberem, vestirem peças femininas, usarem maquiagem, rebolarem, e outras coisas típicas, desde que isso não seja feito apenas pra chamar a atenção de uma sociedade que os vê como bobos da corte, como entretenimento da realeza, mas nunca como parte dela.
Acontece que muitos gays utilizam a sexualidade e o trejeitos femininos como maneira de chamar a atenção na multidão. É que mulheres e homens heterossexuais provavelmente não vão se sentir atraídos por gays afeminados, por isso os homossexuais se sentem fantasmas invisíveis na multidão; e precisam reforçar suas características femininas pra que homens “bissexuais”, que há tempos não transam com mulheres, saibam que eles lhe oferecem sexo passivo.
Você vê muito homem falando: “Mas que mulher gostosa!”, em voz alta, quando passa uma mulher. Mas ninguém ouve ninguém falando: “Mas que gay gostoso!”. E olha que estamos falando apenas de sexo. Ficam de fora questões de afetividade.
Gays não são palhaços, por isso toda vez que for agir de determinada forma em público, pense se sua atitude é um show ou é a sua real maneira de ser, e que não deve ser motivo de graça pra ninguém.
Juce - Move On (J Verner Dirty Tribe SP Remix)
Ceevox - Your Love (Got 2 Have It '2009) - (Alex Acosta Tribal Drums Mix)
K-Klass - Rhythm Is A Mystery (K Klass ‘09 Mix)
quinta-feira, 5 de março de 2009
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Um comentário:
Aê Fia, a amei o blog, a partir de hoje tô aqui todos os dias. Já vi muitas bichinhas tentando se mostrar nas festas mesmo e isso que vocês falaram aí é mais que certo. Elas tem que ter um pouco mais de auto-estima mesmo. Adorei
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