segunda-feira, 25 de maio de 2009

Para as noites de frio.














Tá frio aí fora. E a fogueira já está quase se apagando. Porque não entra aqui e me aquece? “Se já perdemos a noção das horas”. E já bebemos toda essa cerveja aí. E até os patinhos da lagoa já foram dormir. “Eu, você, nós dois...”. E você insisite em tocar kelly Clarkson no violão. Eu acho tudo tão bonito. Seus dedos deslizando nas cordas. A força que você faz pra cantar. Dá vontade de te apertar.

Mas tá tão frio aí fora. Porque não entra na barraca. Se colocar mais lenha na fogueira talvez eu saio. E te arranco uma melodia. A água do lago está tão serena. E as chamas da fogueira agora estão maiores. “Te adoro e tudo, tudo, tudo”. Agora saio. E você me acariciando assim, hein? Tem nem cinco minutos que sai daqui. Você parece um adolescente apaixonado assim, sabia? “Eu só sei que amei, que amei, que amei...”

Mas tá tão frio aqui fora. Veste esta blusa então e me beija... Agora sim. Canta qualquer coisa pra mim. Pode ser bicha-linda-mona-luxo, eu deixo. “Te desejo com ao ar”. Agora deixa o violão e me mostra suas intenções. É, porque me trouxe neste sítio? Deixou seus pais dormirem na casa e montou esta barraca pra gente em volta da lagoa. A gente tem que aproveitar a madrugada.

E tá tão frio aqui fora. Sei lá quando vou te ver denovo. Você aqui em Ipatinga, eu lá em GV. É longe, sabia? Tem noite que choro sozinho na cama de saudade. Dá vontade de largar tudo e vir ser feliz com você. Porque ninguém consegue me fazer tão completo assim. Minha heroína.

Ixi, já tá amanhecendo. E nem dormimos. A fogueira já apagou. A cerveja acabou. Você já me esquentou. Já incendiamos a barraca. Seus olhos já se fecharam. Mas os meus continuam te mirando. É porque já entendi o que você queria dizer. Nem sempre quando encontramos alguém, este alguém nos encontra. E sentimentos são tão frágeis. E eu me debulho em lágrima. Mas tudo bem. Até amanhã. Durma bem, meu amor. “Só o amor sabe os seus”.

Nenhum comentário: