segunda-feira, 1 de junho de 2009

Entra e... sai??

















O que tá pegando essa semana é caso da reeleição do presidente Lula para o 3º mandato. Mesmo tendo sido derrubada no Congresso pela maioria dos deputados, a possibilidade de um novo pleito do presidente (por ser quem é) gerou polêmica e discussão em quase todos os setores da sociedade, inclusive nos LGBTs.

Questões políticas à parte, é necessário dizer que o presidente Lula foi um divisor de águas na política de garantia de direito dos gays, num aspecto geral. Poderia afirmar, inclusive, que 2009 foi o ano da aceitação gay no Brasil, levando em conta que neste ano foi aprovado o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, um marco na defesa dos direitos dos homossexuais no País, que vai nortear a elaboração de políticas públicas para este público.

Tivemos ainda outras cenas célebres divulgadas pela mídia, como a do governador do Rio de Janeiro que praticamente ofereceu gratificações para gays que trabalham para o Governo se assumirem. Ele utilizou a célebre frase “Vamos sair do armário”.

Quer dizer, quando o povo luta sozinho, a luta fica mais árdua e podemos não obter sucesso na investida. Em contrapartida, se o poder público se move e mostra que existem gays no País, nos Estados, nas cidades, nas roças, vivendo sozinhos numa tribo indígena... aí a luta fica mais consistente, e a possibilidade de êxito é bem maior.

Não há quem duvide que existam gays. Nem mesmo minha sobrinha de 5 anos. Eles estão por toda parte: nos salões de beleza, na loja de calçados, de roupas, na medicina, na universidade, etc. O que é estranho é o olhar que determinadas pessoas lançam sobre os gays, que são cidadãos comuns em busca da sua felicidade, casa, carro, amor, sexo, diversão. Qual problema há nisso?

Se o presidente Lula sai mesmo do Governo, podem entrar José Serra, a companheira Dilma e a própria Heloísa Helena. Duas mulher no pleito para presidente, se não me engano, também é uma coisa totalmente nova no País. Sinal de que o Brasil está se abrindo e respirando novos ares. Mais não posso garantir que as governantas vão defender os gays com tanto afinco quanto o presidente Lula. Leve-se em conta o triste caso da Marta Suplicy que para tentar derrubar seu concorrente nas eleições de São Paulo, atacou sua “sexualidade”.

Enfim, sai o presidente Lula, defensor dos pobres e marginalizados, e já começa a preocupação das ONGs LGBT sobre o nosso futuro. Futuro que é meu, seu, do seu sobrinho, primo, amigo. Afinal, quem não tem um conhecido gay? E pra que se preocupar tanto na hora de escolher o candidato certo?.... O presidente Lula respoderia muito bem.

"O grande legado que um presidente deixa para a sociedade é a relação que estabeleceu com ela. Lembro do horror que causei quando fui participar de um congresso LGBT. Minha assessoria estava preocupada, tinha quem dissesse que eu não deveria ir. Eu achava que deveria. Porque, na hora de pagar imposto, ninguém quer saber se o sujeito é homossexual ou travesti. Na hora de votar, nunca vi um candidato chegar na fila e dizer: 'Olha, eu não quero o seu voto.' Se é assim, por que não tratar todo mundo igual?" Presidente Lula, sendo muito franco.

Enquanto isso, nos gabinetes públicos valadarenses...

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